
Muitas dúvidas podem surgir quando o tema trata-se de eficácia. Uma meta-análise feita sobre a relação do tamanho das partículas (2-5nm) de medicamentos inalados para o tratamento de asma demonstrou que não há significância clínica quanto a eficácia e segurança quando partículas grandes e pequenas são comparadas1. Entretanto, há uma sólida relação entre os resultados negativos em pacientes com DPOC e o uso inadequado de medicamentos inalatórios2,3.
O sucesso da terapia não depende apenas da escolha correta e individualizada das medicações. A aderência ao tratamento é um dos fatores determinantes para um bom desenvolvimento desse recurso, que pode ocorrer em apenas 23% dos pacientes portadores de DPOC4. Essa estimativa é preocupante visto que a aderência adequada ao tratamento é de ao menos 80% da medicação conforme a prescrição5.
A baixa aderência ao tratamento ocasiona:

piora de sintomas6

elevação da taxa de internações6

aumenta o risco de óbito em 40%6
Outro tópico a ser considerado é a posologia empregada. Quanto maior o número de doses necessárias por dia de uma medicação, menor a chance de seu uso correto. Assim, a prescrição de medicamentos em dose única diária possibilita a utilização correta em 83,6%7.
Outro ponto de grande relevância é a escolha do dispositivo inalatório. O uso de vários dispositivos por paciente é um fator crítico a se considerar8.
Os inaladores são constantemente utilizados de forma equivocada e podem resultar em:

subdose dos medicamentos3

redução do controle da doença3

malefício ao paciente3

aumento do risco de exacerbações2
Nesse estudo, foram avaliados os erros críticos envolvendo o uso de diferentes dispositivos inalados e as taxas são as seguintes:
- Breezhaler® - 15.4%2
- Diskus - 21.2%2
- MDI - 43.8%2
- Respimat® - 46.9%2
- Handihaler® - 29.3%2
- Turbuhaler® - 32.1%2
De acordo com o estudo realizado por Van der Palen e colaboradores, uma quantidade significativamente menor de pacientes com DPOC experenciou erros críticos ao utilizarem o dispositivo ELLIPTA quando comparado a outros inaladores (Breezhaler®, Diskus, HandiHaler® e MDI). Foram 5-14% de erros com o ELLIPTA comparado a 44-60% de erros com esses outros inaladores.10

Expressiva maioria dos pacientes cometem erros ao utilizarem seus dispositivos. A orientação assertiva por parte do médico e a escolha de inaladores de fácil uso são cruciais para se maximizar o aproveitamento das medicações9.
A GSK comporta em seu portifólio medicamentos com posologia de 1x ao dia (Anoro, Vanisto e Relvar) que estão disponíveis sob a forma do dispositivo Ellipta. Isso configura uma flexibilidade caso haja uma movimentação no tratamento da DPOC sem a necessidade da troca de dispositivos ou de adaptação a um novo inalador.
RELVAR
Contraindicação: pacientes com alergia grave à proteína do leite e para os que tenham demonstrado hipersensibilidade aos componentes da formulação12.
Interações medicamentosas: Deve-se tomar cuidado quando coadministrar o Relvar com fortes inibidores CYP3A4 pois há a possibilidade de aumento da exposição sistêmica tanto ao furoato de fluticasona quanto ao vilanterol12.
Precauções: Deve-se ter cautela na prescrição de Relvar nos pacientes com histórico de diabetes mellitus, doença cardiovascular grave, com tuberculose pulmonar ou com infeccções crônicas ou não tratadas12.
Reações adversas: cefaleia, pneumonia, infecção do trato respiratório superior, candidíase oral, dor orofaríngea, dor abdominal e extrassístole12.
VANISTO
Contraindicações: pacientes com alergia à proteína do leite ou com hipersensibilidade a qualquer componente da fórmula11.
Interações medicamentosas: Os dados clínicos disponíveis não revelaram interações medicamentosas clinicamente relevantes. Não se verificou efeito do verapamil sobre a CMáx do umeclidínio. Não se observou nenhuma diferença clinicamente significativa de exposição sistêmica a umeclidínio em indivíduos com metabolizadores CYP2D6 normais e fracos11.
Precauções: Vanisto deve ser usado com cautela em pacientes com glaucoma de ângulo estreito e retenção urinária. Efeitos cardiovasculares podem ser observados após a administração de Vanisto, por essa razão, deve-se usar com cautela em pacientes com distúrbios cardiovasculares graves, em especial arritmias cardíacas. Reações adversas: nasofaringite, infecções do trato respiratório superior ou inferior, faringite, tosse, artralgia, taquicardia. Dados pós-comercialização: disgeusia11.